terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Ensino de Física e suas aplicações na sociedade contemporânea são debatidos no SNEF

XXI SNEF
 Lucas Tondini

   Ontem, durante o período vespertino do evento, foi realizada a Mesa de Abertura do Simpósio com o tema “Políticas Públicas em Educação e o Ensino de Física” e composta por três membros: Celso João Ferretti, atuante nas áreas de reformas educacionais, ensino médio, educação e trabalho, educação profissional e trabalho; Lúcia Helena Sasseron, mestre em Ensino de Ciências pela USP e doutora em Educação pela USP e Ítalo Modesto Dutra, coordenador Geral de Ensino Fundamental, da Diretoria de Currículos e Educação Integral, da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação.
Celso Jorão Ferreti questiona a falta de investimentos
na educação. / foto: Gilberto Pereira-UFU
   O professor Celso debateu questões ligadas à educação básica e abordou, dentre outros pontos, a importância de um maior investimento na educação e na melhoria da qualidade de ensino. Lúcia Sasseron apresentou uma palestra que contemplou o tema “O Ensino de Física na Educação Básica: histórico, alcances e perspectivas”. A professora destacou que o ensino da Física no Ensino Médio deve servir para a consolidação e aprofundamento dos conhecimentos científicos, além de contribuir
Lúcia Helena Sasseron fala sobre
 o ensino da física na Educação Básica.
/foto: Gilberto Pereira - UFU
para o desenvolvimento do educando como pessoa. De acordo com Lúcia, ensinar Física permite o raciocínio crítico e o desenvolvimento da alfabetização científica.
   Durante a palestra também foram apresentados os desafios para os professores da sociedade contemporânea, que, de acordo com a professora, são, dentre outros: melhor planejamento e implementação do ensino da Física e reconhecimento de que o ensino da Física vai além de ensinar conceitos científicos. Já para os alunos os desafios se constituem em reconhecer a importância de diferentes visões e idéias, além de contribuir para a construção de um aprendizado com diálogo. No que diz respeito à formação, Lúcia frisou que formar é mais do que oferecer oportunidades e condições para o aluno; a Física deve contribuir para solucionar problemas do cotidiano à luz de raciocínios lógicos.
Ítalo Dutra  discute a Base Nacional Curricular. / foto: Gilberto
Pereira - UFU
   Por fim, Ítalo Dutra discutiu a Base Nacional Curricular, apresentando alguns pontos da Política Curricular Nacional, tais como: política nacional de formação de professores, política de avaliação da Educação Básica, política de conteúdos educacionais e política de infraestrutura física.
Durante a tarde, também foi realizada a Palestra de abertura do Ano Internacional da Luz, ministrada por Vanderlei Bagnato, doutor em Física pelo Massachusetts Institute of Technology. Vanderlei iniciou a palestra apresentando uma frase de sua autoria: “Ciências em geral e Física em particular são elementos de cidadania. Temos que saber ciências primeiro para não sermos ignorantes e depois para formarmos cientistas”. Durante a palestra, o professor apresentou alguns dados de uma pesquisa realizada com estudantes do ensino médio. Dentre os resultados alarmantes, 100% dos alunos não souberam explicar como enxergamos as cores, e 100% afirmaram que o sol emite calor, sendo que é uma afirmação falsa, visto que o calor não se propaga pelo vácuo. Sendo assim, Vanderlei afirma que o desconhecimento percola desde a fase da educação básica atingindo a fase profissional.
   Outro ponto apresentado na palestra foi o uso da ciência para tratar problemas de saúde. Para Vanderlei, a ciência tem que se comprometer com o interesse social, dentre eles a saúde pública. O professor apontou alguns dados que mostram que isso vem acontecendo gradativamente: a ótica tem sido usada para tratar cânceres, a luz para combater a presença de fungos nos pés, etc.
  Para o estudante de Física Médica da UFU, Leonardo Levy, as palestras foram muito enriquecedoras: “É sempre muito bom o conhecimento que os profissionais de fora passam pra gente. Eles têm muito mais experiência que nós, estudantes, e por isso, é muito enriquecedor”, afirma. Ainda de acordo com o estudante, a palestra de Vanderlei foi importante para mostrar a aplicação da Física e seus desdobramentos em outras áreas, como a saúde pública.


Alunos e professores assistem Mesa Redonda de Abertura do Snef
foto: Gilberto Pereira - UFU




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