quinta-feira, 16 de agosto de 2018

A Tabela Periódica é uma das atrações do Museu Dica

      Uma das atrações do Museu Diversão com Ciência e Arte (Dica) é a Praça da Tabela Periódica, que foi criada em 2016. A atração está localizada no Dica, que atualmente se encontra no Parque Gávea na cidade de Uberlândia. Na praça há diversas estruturas que remetem a uma tabela estilizada. O objetivo é fazer com que o visitante tome conhecimento sobre o assunto, ao mesmo tempo em que se diverte.
    Segundo um de seus idealizadores, o professor Glauco de Paula Cocozza, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e Design da Universidade Federal de Uberlândia (FAUeD/UFU), o projeto começou a ser pensado bem antes do ano de criação. “A parceria entre a Arquitetura e a Física começou a cerca de quatro anos, devido a várias solicitações e, foi mais o menos nessa época que começamos a pensar na Praça”, conta ele.
Professor Glauco de Paula Cocozza, da FAUeD. (Foto: Gilberto L.Pereira - UFU)

      O professor relembra que o contato com o Dica foi devido à proposta da coordenadora do museu, Silvia Martins, professora do Instituto de Física (Infis/UFU) em mudar o Dica definitivamente do campus Santa Mônica para o Parque Gávea. Antes, o museu era localizado em uma sala no campus e então, com o processo de municipalização do Parque Gávea, o Dica se mudou definitivamente para o local. “Primeiramente foi proposto uma ideia de organização para a sala da UFU. Mas, quando o Dica foi para o Gávea, organizamos todo o espaço. Daí, fizemos o projeto paisagístico, do quiosque e de algumas praças”, explica o professor. 
     De acordo com Cocozza, na construção do projeto de todo o parque, foram feitas verificações e medições para uma pré-disposição de todas as atividades, que levasse o público visitante a percorrer um caminho que o possibilitasse passar por todas as praças já existentes. A ideia principal era que a Praça da Tabela Periódica não fosse construída de maneira convencional, mas constituísse um lugar de brincadeiras. “Pegamos os elementos que compõe a tabela e fizemos uma desconstrução dela, assim cada elemento se tornou uma parte da nossa estrutura”, conta o professor. Ele esclarece que há uma lógica na remodulação da tabela. “As ‘partes’ da praça, que são uma arquibancada, dois bancos, uma espécie de balanço e, duas pilastras, têm apenas elementos químicos da mesma família. Por exemplo, a arquibancada tem apenas os ametais estampados em sua estrutura”. Além disso, segundo Cocozza, apesar de ser uma praça que tem vários espaços, o visitante, ao olhar ‘de frente’, consegue visualizar o formato original da tabela periódica e, ainda, à medida que a pessoa caminha pela praça é possível perceber que a forma vai se desconstruindo. 
Alguns dos metais da tabela representados na arquibancada da praça (Foto: Gilberto L. Pereira - UFU)

      O projeto trabalhou com cerca de seis alunos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Design da FAUeD. “Uma das prerrogativas era que o conhecimento dos alunos das duas graduações se juntasse, por isso sempre tínhamos estudantes dos dois cursos trabalhando em equipe”, observa o professor. No caso, os alunos da arquitetura entraram com a lógica construtiva, as escolhas de materiais e os do design com uma ideia de ergonomia e escala da estrutura. Para a construção da praça os discentes também tiveram que fazer uma pesquisa de materiais, custos, combinações entre peças e a escolha das cores que foram usadas. Para Cocozza, esse foi um dos principais ganhos para os estagiários: o contato com a vida real de suas futuras profissões. Além disso, a interação entre estudantes de arquitetura e design, o convívio com o Instituto de Física (Infis) da UFU também foi fundamental. “A interdisciplinaridade é fundamental. Conseguimos descobrir muito sobre questões que não costumamos trabalhar. É um tipo de projeto que eu e os alunos adoramos fazer”.
A ideia é que a praça represente uma tabela periódica desconstruída (Foto: Gilberto L. Pereira - UFU)

Isabela Cardoso







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